Metodologias no E@D
Metodologias para o Ensino a Distância
Neste espaço apresentamos sugestões de metodologias que podem ser utilizadas pelo professor na planificação das suas aulas em regime de Ensino a Distância (EaD).
Recordamos da importância de existir um trabalho articulado nas escolas e agrupamentos, nomeadamente, no que respeita a uma organização dos instrumentos a utilizar pelos docentes, configurada no âmbito de um desejável plano de organização do trabalho a distância.
Recordamos da importância de existir um trabalho articulado nas escolas e agrupamentos, nomeadamente, no que respeita a uma organização dos instrumentos a utilizar pelos docentes, configurada no âmbito de um desejável plano de organização do trabalho a distância.
Independentemente das plataformas de ensino e aprendizagem identificadas por cada escola / agrupamento para a implementação do EaD, há recomendações que devem ser atendidas:
- O diretor de turma (DT) ou o professor titular deve comunicar e receber feedback de todos os alunos e / ou respetivas famílias, de forma regular, através do canal acordado com a turma ou, se este falhar, por telefone. Essa comunicação é importante para garantir que as crianças e jovens estão bem, não sofrem de isolamento, estão a compreender a situação atual e que podem expressar as suas dúvidas, dificuldades, etc. junto deste interlocutor.
- Cada professor, no âmbito do trabalho desenhado em cada escola / agrupamento, deve atribuir tarefas de aprendizagem com um tempo expectável de realização semelhante ao das respetivas aulas, utilizando diferentes formas de comunicação, desejavelmente enquadradas na plataforma de ensino e aprendizagem que cada escola / agrupamento estabeleceu. Estas tarefas devem indicar quais os recursos recomendados, os objetivos/produtos esperados, o prazo para entrega da tarefa e o meio através do qual os estudantes podem esclarecer dúvidas. No final, o professor deve dar feedback aos estudantes numa lógica de avaliação formativa, referente à realização destas tarefas.
- As tarefas devem permitir o desenvolvimento das aprendizagens essenciais previstas para a respetiva disciplina/ano de escolaridade.
- Para a consecução das tarefas, os alunos podem recorrer ao manual escolar, aos cadernos de exercícios, a materiais que tenham em casa ou a outras aplicações que estejam disponíveis online, devendo o professor verificar se todos os alunos da turma têm efetivamente os equipamentos que lhes permitam realizar as tarefas acordadas e procurando o professor alternativas, caso tal não se verifique. Caso existam alunos que não conseguem aceder a alguma aplicação, deverá o professor indicar formas alternativas para a realização das tarefas, tentando adaptá-las a outras bases de trabalho.
Sugestões de implementação de estratégias de EaD no âmbito dos processos de ensino e aprendizagem
- A metodologia Flipped Classroom (adiante designada por “Sala de aula invertida”) é uma tentativa de fazer uso das infraestruturas tecnológicas, dos recursos digitais e do estilo de vida dos nossos alunos, para promover um ensino diferenciado e promotor de oportunidades e de aprendizagens significativas, procurando fomentar a autonomia e a flexibilidade ao ritmo de aprendizagem de cada um, de forma a alcançar o sucesso educativo e o desenvolvimento académico dos alunos. (Ler mais)
- Desenho de planos individuais de trabalho – sugere-se que sempre que necessário os professores desenhem planos de trabalho individuais com os seus alunos, estimulando que os próprios sejam criados pelos alunos, sob orientação do professor, tendo como suporte as Aprendizagens Essenciais de cada disciplina. Estes planos individuais devem ser desenvolvidos para um período específico de tempo, por exemplo, uma semana ou duas. Nesse plano deve registar-se a identificação das tarefas bem como a previsão de realização das mesmas e respetivos mecanismos de interação entre aluno e docente. No final de cada semana, os alunos, com a ajuda do professor, registam os respetivos níveis de desempenho, face ao trabalho pré-estabelecido. O apoio a disponibilizar pelo professor a cada aluno, pode ser realizado através da plataforma de ensino e aprendizagem da escola / agrupamento, de e-mail ou através da realização de uma videoconferência. Se tal não for possível, devem ser encontradas outras formas de comunicação, em diálogo com as Direções das escolas e dos agrupamentos.
- Sessões Coletivas - sugerem-se momentos pré-determinados de trabalho coletivo, uma hora por semana por exemplo, sempre em articulação com o DT nos 2.º e 3.º ciclos e secundário, ou por iniciativa do professor titular no 1.º ciclo, no decurso do qual se desenvolvem atividades de cada disciplina ou atividades interdisciplinares ou de cada componente do currículo, no caso do 1.º Ciclo. Sublinha-se que estas sessões devem ser realizadas na modalidade síncrona, mas previamente articuladas, nos casos dos 2.º e 3.º ciclos e secundário com os respetivos DT para que se realizem sem sobrecarga para os alunos. Caso não seja possível a utilização da Internet para a realização destas sessões, devem os docentes procurar, junto das Direções, formas alternativas de manter o contacto com os alunos.
- Comunicação de Projetos de Trabalho – Sugere-se a criação de um tempo semanal de comunicação para apoio aos grupos de alunos que desenvolvem projetos. Neste tempo, os elementos do projeto dinamizam a apresentação da informação do modo mais interativo possível e recebem feedback dos colegas da turma e dos professores. Sempre que possível, devem ser utilizadas ferramentas digitais de colaboração que permitem a partilha síncrona dos trabalhos em apresentação. Caso o docente identifique dificuldades de realização das tarefas definidas no âmbito da concretização do projeto, deverá aportá-las ao plano individual de trabalho dos alunos em causa.
- Avaliação por pares - A avaliação por pares consiste em submeter um trabalho aos comentários e sugestões de um ou mais colegas. A avaliação por pares pode ser utilizada como processo de avaliação formativa ou sumativa.
Na revisão por pares que incida numa avaliação formativa, o foco deverá centrar-se nas necessidades dos alunos, enquanto que na revisão por pares que incida numa avaliação sumativa, o foco deverá estar no resultado.
Avaliação Formativa a distância
Os meios digitais podem constituir-se como elementos de elevado valor no desenvolvimento dos processos de ensino, aprendizagem e avaliação. Acrescenta-lhes elementos como o maior acesso à informação, a flexibilidade na utilização e diversidade de suportes no seu tratamento e apresentação, a partir dos quais resulta uma inegável valorização dos processos de compreensão de conceitos e de fenómenos diversos, designadamente através da associação de diferentes tipos de representação que vão desde o texto à imagem fixa e animada, ao vídeo e ao som. Sublinhe-se ainda as possibilidades de interação que as ferramentas digitais apresentam. Sempre que não seja possível o contacto com os alunos através dos meios digitais ou a utilização destes meios para acompanhar a evolução dos alunos, deve tal situação ser sinalizada para que outras formas de trabalho possam ser estabelecidas, sendo que o objetivo maior é o de que todos os docentes, face à identificação e concretização de tarefas pelos seus alunos, tenham oportunidades e meios para lhes dar feedback ao trabalho desenvolvido. Uma vez mais, manter os canais de comunicação abertos é fundamental.
Os meios digitais podem constituir-se como elementos de elevado valor no desenvolvimento dos processos de ensino, aprendizagem e avaliação. Acrescenta-lhes elementos como o maior acesso à informação, a flexibilidade na utilização e diversidade de suportes no seu tratamento e apresentação, a partir dos quais resulta uma inegável valorização dos processos de compreensão de conceitos e de fenómenos diversos, designadamente através da associação de diferentes tipos de representação que vão desde o texto à imagem fixa e animada, ao vídeo e ao som. Sublinhe-se ainda as possibilidades de interação que as ferramentas digitais apresentam. Sempre que não seja possível o contacto com os alunos através dos meios digitais ou a utilização destes meios para acompanhar a evolução dos alunos, deve tal situação ser sinalizada para que outras formas de trabalho possam ser estabelecidas, sendo que o objetivo maior é o de que todos os docentes, face à identificação e concretização de tarefas pelos seus alunos, tenham oportunidades e meios para lhes dar feedback ao trabalho desenvolvido. Uma vez mais, manter os canais de comunicação abertos é fundamental.
Alguns exemplos de plataformas e ferramentas digitais a utilizar para apoio à avaliação:
- O Socrative (http://www.socrative.com/) é uma aplicação simples de elaboração de questionários (preparação de testes, quizzes, etc.) que pode ser usada a distância para receber feedback da aprendizagem do aluno em tempo real. Através de um sistema de perguntas e respostas, o professor pode recolher as respostas dos alunos, percebendo melhor a sua compreensão relativamente aos temas em estudo.
Com esta ferramenta, o professor pode controlar o tempo de duração de um teste. Pode, por exemplo, deixá-lo vários dias disponível para os alunos. Os testes também podem ser partilhados entre professores.
O Socrative permite obter relatórios dos testes realizados pelos alunos. Fornece três tipos de relatório: um pdf individual, um pdf da turma e uma grelha em Excel com os resultados de toda a turma.
- Mentimeter (https://www.mentimeter.com/): plataforma online que pode dar apoio à avaliação formativa, com recolha de dados em tempo real (as apresentações podem ter perguntas, jogos, sondagens, questionários, slides, imagens, gifs e muito mais).
- Kahoot (https://kahoot.com/), semelhante aos anteriores, as apresentações permitem a utilização de vídeos.
- O Quizizz (https://quizizz.com/), semelhante aos anteriores, permite que os professores escolham e adaptem um questionário existente.
Recordamos que a existência de uma plataforma de ensino e aprendizagem na sua escola / agrupamento poderá ser a melhor forma de organizar o seu trabalho e o dos seus alunos.
Fonte: DGE
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